Minas e Energia repetirá estratégia de auto-suficiência na sétima rodada de áreas de petróleo

22/09/2004 - 15h25

Rio, 22/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Sétima Rodada de Licitações de áreas petrolíferas ainda não tem data definida para ocorrer, mas já está decidido que a estratégia de adotar um perfil de garantia de auto-suficiência do país no setor será repetida. A informação é da secretária de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster. Ela esclareceu que essa foi a estratégia empregada na Sexta Rodada com gerenciamento de reservas para que a auto-suficiência estivesse assegurada nos próximos dez anos.

"Essa auto-suficiência já foi conquistada. Ela já é resultado de reservas descobertas declaradas comerciais, de todo investimento em contratação de plataformas que a Petrobras fez. Isso já é conquista. Agora, é um gerenciamento da engenharia da Petrobras para ter encomenda saindo na hora que tem que sair, mas essa conquista já é nossa. O Ministério de Minas e Energia trabalha para manter a auto-suficiência", disse.

A secretária explicou que a idéia é evitar os efeitos das oscilações do preço do petróleo no mercado internacional.

Dentro das avaliações para a manutenção da auto-suficiência estão incluídos os estudos do Ministério de Minas e Energia sobre o mercado de gás natural no Brasil, tanto em relação à demanda quanto às soluções para problemas do setor. A secretária disse que, por orientação da ministra Dilma Rousseff, o grupo de estudos recebeu prioridade para as avaliações da política energética referentes ao gás natural.

No exame da matriz energética, o ministério está avaliando o desenvolvimento da utilização do hidrogênio que vem do gás natural e de fontes hídricas. A secretária informou que, na próxima semana, técnicos do ministério vão participar da reunião do Comitê do Instituto que trata da economia do hidrogênio, com a participação de vários países e coordenação dos Estados Unidos.

"Trabalhamos com eles há dois anos vendo a economia do hidrogênio, que é a economia do futuro. É absolutamente limpo e de altíssima eficiência. Na semana que vem seremos representados nesse Comitê para definir a nossa rotina de como o Brasil vai se posicionar com relação ao hidrogênio. Daqui a 10 ou 15 anos certamente teremos esse combustível sendo comercializado", afirmou.