HumanizaSUS 1: Hospital dos Servidores no Rio quer reduzir filas e ampliar atendimento

22/09/2004 - 17h59

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio – "A meta de humanização no Sistema Único de Saúde (SUS) é a mais importante a ser alcançada e um fim em si, uma vez que o serviço de saúde se resume no binômio 'gente cuidando de gente' ". A afirmação foi feita à Agência Brasil pela diretora do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), Ana Lipke. Para ela, está ótica da humanização é uma meta que o HSE está buscando não só do ponto de vista do atendimento ao paciente, mas também do profissional de saúde.

Considerada uma unidade de alto nível de excelência no atendimento e com uma média de atendimento mensal da ordem de 1.500 consultas (cerca de 18 mil por ano), a direção do HSE, afirma Ana Lipke, trabalha com perspectiva de chegar a 2005 atendendo a cerca de 600 mil pacientes por ano – um aumento de mais de 3.300% no número de pacientes assistidos anualmente.

"Com a nossa estrutura ambulatorial de 150 consultórios este número é perfeitamente factível. Para isto, no entanto, serão necessários investimentos em equipamentos e pessoal", afirma. "Nossos equipamentos, antes pioneiros no país, datam de 20 anos e para renová-los precisaríamos de cerca de R$ 20 milhões em investimentos. Embora esteja claro para nós que a situação de sucateamento em que se encontra hoje a unidade, que data de governos anteriores, não possa ser resolvido por um só governo".

De Brasília, onde participou do 1º Seminário Nacional de HumanizaSUS, a diretora do HSE não deixa dúvidas sobre sua convicção de que o Sistema Único de Saúde esta deixando de ser um sonho. "Nós temos apenas que torná-lo realidade com mais força. Nosso propósito de humanização é uma realidade hoje aqui discutida e cuja proposta foi aprovada na 12ª Conferência Nacional de Saúde", explicou. Para a diretora, a humanização se basea em quatro diretrizes básicas:

1) redução das filas por acolhimento e resolução do problema dos pacientes;

2) responsabilização no cuidado com a referência territorial, ou seja, cada unidade de saúde precisa de uma equipe para se tornar referência para o paciente.

3) respeito à garantia do direito do usuário à informação.

4) e gestão participativa dos trabalhadores e usuários dos serviços.