Rio, 21/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - O diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, garantiu hoje, nesta capital, não haver a menor possibilidade de que companhia venha a deixar de crescer na Bolívia, onde já investiu desde 1996, quando do início do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), cerca de US$ 1,4 bilhão.
"Não faria sentido nenhum sair da Bolívia, em um momento em que cresce fortemente a demanda por gás no Brasil, na Argentina e no Chile", disse Cerverá, acrescentando que a Bolívia é um país "extremamente promissor" para a Petrobras e este compromisso da estatal brasileira com o seu vizinho sul-americano foi externado em encontro recente com o presidente boliviano, Carlos Meza.
"Nós não estamos preocupados com a nossa posição na Bolívia. Estamos analisando as alterações na legislação, que podem levar a renegociações de contratos, de modo a encontrar alternativas. Essa lei ainda está sendo discutida, mas nós já estamos discutindo alternativas com o governo boliviano, embora não haja qualquer sinalização de que tenhamos que reduzir ou deixar de investir na Bolívia".
Respondendo a perguntas por ocasião de palestra durante almoço oferecido pelo Instituto Brasileiro dos Executivos em Finanças (IBEF), Nestor Cerveró, garantiu que a Petrobras já deixou de perder dinheiro na Bolívia. "No passado, a empresa chegou a perder dinheiro na Bolívia, hoje isto não acontece mais. A importação de gás já chega atualmente aos 24 milhões de metros cúbicos/dia – o que está dentro do previsto - e hoje nós ganhamos dinheiro naquele país", garantiu.