Danielle Gurgel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Defesa ainda não se pronunciou a respeito da situação da Companhia Aérea Varig. Segundo o assessor especial do ministro da Defesa, general Halley, o assunto envolve vários ministérios e qualquer especulação sobre medidas que estejam sendo tomadas poderia prejudicar o andamento das negociações. "No momento não há condições de adiantarmos nada. O que pode ser afirmado é que o governo tem interesse na estabilidade do setor aéreo e na preservação também do nível de emprego do setor, para que ele se mantenha no mais alto patamar possível", declarou.
O general afirmou que o Ministério não contempla uma hipótese de encontro de contas, no que diz respeito a ação de diferença tarifária e nem a injeção de recursos a fundo perdido. Acrescentou que um financiamento dentro das bases de juros de mercado pode ser estudado, mas não está sendo contemplada a hipótese.
O Ministério da Defesa decidiu na última quinta-feira prorrogar por tempo indeterminado o prazo (10 de outubro) para a Varig renovar o contrato de concessão por 15 anos. Segundo o assessor especial do ministro, a data foi prorrogada para que fossem mantidas as condições de funcionamento da empresa.
A Varig só poderá assinar o documento quando estiver em dia com os tributos federais. Só com a Infraero a empresa acumulou uma dívida este ano de cerca de R$ 100 milhões em tarifas de pouso e decolagem, sem computar um débito antigo de R$ 238 milhões que foi negociado em recebíveis (venda de bilhetes).
