Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Entraram em greve hoje os trabalhadores que fazem parte dos grupos de empresas 9, 10 e de Fundição, da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). A estratégia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é paralisar gradualmente empresas do setor, por tempo indeterminado, para pressionar uma negociação entre patrões e empregados.
Os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial com aumento real de 4%, controle de horas extras, antecipação da data-base de novembro para primeiro de setembro e direito de fiscalizar as empresas terceirizadas, nos moldes do acordo firmado no início do mês com as montadoras e empresas de auto-peças. Cerca de mil trabalhadores suspenderam as atividades nas fábricas Ottis, Makita, Conexel e Mark Groundfs, em São Bernardo do Campo, e na Pirelli Energia, em Santo André.
A Assessoria de Imprensa do Sindicato informou, sem divulgar os nomes, que seis empresas já se comprometeram a reajustar os salários em carteira. Entretanto, a campanha salarial deste ano foi unificada e a cada dia uma nova fábrica poderá ser paralisada, enquanto não houver um acordo para todos os trabalhadores das fábricas de trefilação e laminação de metais ferrosos, máquinas, refrigeração, lâmpadas, esquadrias, rolhas metálicas, aparelhos eletroeletrônicos e fundição.
A campanha deste ano envolve cerca de 70 mil trabalhadores, dos quais 40 mil estão no ABC paulista.
20/09/04