Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que os países pobres e em desenvolvimento só terão "autoridade moral" para cobrar os países ricos se fizerem a sua parte, aplicando de modo eficiente os seus próprios recursos no combate à fome e à miséria. Em seu discurso, o presidente disse que chegou a hora de tornar o compromisso mundial de erradicar a fome palpável e operacional.
O presidente participa neste momento da Reunião de Líderes Mundiais para a Ação contra a Fome e a Pobreza, na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Para Lula, esta reunião é importante para somar esforços conjuntos no combate à fome e à pobreza. "Só de estarmos aqui já faz crescer a nossa esperança. A fome é um problema social que precisa urgentemente ser enfrentado como um problema político", afirmou.
Segundo ele, a humanidade atingiu níveis espetaculares de progressos científicos e tecnológicos, mas não evoluiu "a ponto de repartir a senha do planeta, para que todos tenham ao menos o alimento indispensável para sobreviver". Ele lembrou que a produção mundial é mais do que suficiente para saciar a fome da humanidade. "A fome subtrai a dignidade, destrói a auto-estima e viola o direito à vida", defendeu Lula.