Exportações de frango batem recorde em agosto

20/09/2004 - 18h42

Fabiana Uchinaka
Repórter Agência Brasil

São Paulo - As exportações brasileiras de carne de frango registraram novo recorde em agosto, com vendas de 252.623 toneladas, 30,4% a mais que em agosto de 2003, e receita apurada de US$ 243,9 milhões. No acumulado de janeiro a agosto, o crescimento foi de 26% sobre igual período de 2003, com 1,597 milhão de toneladas de frango exportadas. A receita gerada por essa venda foi 53,8% maior que nos oito primeiros meses de 2003, somando US$ 1,706 bilhão. Segundo a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef), esses resultados confirmam que as metas de crescimento estabelecidas, entre 8% e 10% em volume e de 25% na receita cambial, serão atingidas. Nos últimos doze meses foram exportadas 2,249 milhões de toneladas de frango, que geraram US$ 2,3 bilhões.

As exportações de frangos inteiros aumentaram 26% sobre agosto do ano passado, com 110.118 toneladas exportadas e US$ 83,7 milhões arrecadados. As exportações de frango em cortes cresceram 34% na mesma comparação, gerando US$ 160 milhões.

A Abef explica que a estratégia dos associados, de aumentar o valor agregado dos produtos, deu certo e houve um crescimento importante nos preços médios obtidos. O preço do frango inteiro aumentou 13% e agora custa US$ 837 a tonelada. O preço dos cortes de frango teve um aumento de 29,4%. Os cortes de frango estão sendo vendidos a US$ 1.190 a tonelada. Na média geral, o preço do frango aumentou 22%, cotado a US$ 1.069 a tonelada.

O principal destino da carne de frango brasileira continua sendo a Arábia Saudita. Entre janeiro e agosto, os saudistas importaram 211.214 toneladas, 20,5% a mais do que no mesmo período de 2003. Os embarques para o Japão foram os que mais cresceram: 204.389 toneladas, aumento de 64,5% no mesmo período. Esse desempenho foi favorecido pelos problemas sanitários enfrentados pelos concorrentes asiáticos, China e Tailândia.

Por causa do pesado protecionismo do mercado europeu, as exportações para a União Européia caíram 15,5% no período. Foram embarcadas 185.901 toneladas e a receita cambial foi de US$ 321,2 milhões, apenas 0,5% acima do mesmo período no ano passado.