Lilian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A criação de 229.757 empregos com carteira assinada no mês de agosto foi recorde para o período desde 1992. A informação foi dada hoje pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, ao divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na comparação com o mês de julho, houve aumento de 0,94% no número de trabalhadores com carteira assinada.
Na indústria, foram criadas 72 mil vagas, um crescimento de 1,25%. A construção civil foi o setor que mais empregou, com 18.700 mil novos postos de trabalho (1,6%). Para Berzoini, o acréscimo se deve à criação de linhas de financiamento, melhora no saneamento básico e recuperação do mercado imobiliário. O setor de serviços gerou 74 mil novas vagas (variação positiva de 0,77%). O setor agrícola, responsável pelo crescimento do emprego no primeiro semestre, demonstrou estabilidade, com variação de 0,65%.
Para Berzoini, os dados mostram uma expansão inesperada no nível do emprego. "Muita gente, dentro do próprio governo, tinha a preocupação que num processo de retomada da economia o emprego não acompanhasse o crescimento do país. Mas na verdade houve uma inversão. O emprego cresceu mais que o Produto Interno Bruto neste período". Segundo ele, no acumulado do ano foram 466 mil novas vagas.
De acordo com Berzoini, esses resultados melhoram a arrecadação da Previdência Social e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), revertendo em benefícios para a população. "O aumento do FGTS propicia maior financiamento em 2005 para habitação, saneamento básico e infra-estrutura urbana", explicou. Ele lembrou também que o aumento do nível de emprego melhora a economia interna e "nos deixa menos dependentes de exportação".