Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Continua nesta segunda-feira a greve dos bancários em todo o país. Em assembléias realizadas na noite de sexta-feira, os trabalhadores que já estavam parados decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. Em Brasília, os bancários reúnem-se na tarde de hoje para definir se dão seqüência à paralisação que atingiu cerca de 95% das agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil na última sexta-feira. Novas assembléias acontecem amanhã (20) em todos os estados e os bancários aguardam a retomada das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Na última sexta-feira, cerca de 200 mil bancários – quase metade da categoria – cruzaram os braços em todo o país, segundo a Confederação Nacional dos Bancários (CNB). 18 capitais aderiram à mobilização, iniciada na última terça-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis. O movimento também cresceu no interior do país, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. No final do dia, CNB/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo enviaram ofício à Fenaban reforçando a rejeição da proposta e solicitando a reabertura das negociações.
Os bancários reivindicam reposição da inflação mais aumento real de 17,68% e participação nos Lucros e Resultados de um salário mais R$ 1.200. Os banqueiros oferecem reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500 – o que representa reajuste de até 12,77% e aumento real de 5,75%.
Para os que ganham acima de R$ 1.500, o reajuste sugerido é de 8,5%, assim como para as demais verbas de natureza salarial como vales alimentação, refeição e auxílio-creche. A proposta prevê Participação nos Lucros e Resultados de 80% do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217.