Rio, 17/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, disse que as restrições que são feitas pelos opositores do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs) são de natureza "prudencial", uma vez que na área contábil o projeto já se encontra "bastante pacificado".
Ao falar no seminário "Parcerias Público-Privadas: modelos, desafios e perspectivas de implementação no Brasil", realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o secretário do Tesouro classificou como positiva a decisão da oposição de reivindicar mudanças no texto do projeto, em apreciação no Senado e que o governo espera aprovar ainda este ano.
Levy lembrou que o fórum adequado para discussões e aperfeiçoamentos do projeto é o Congresso Nacional, "onde deve ocorrer o processo de depuração de uma idéia", no caso a das PPPs.
Depois de informar que algumas das sugestões da oposição estão sendo analisadas e podem vir a ser incorporadas ao novo texto que o Ministério do Planejamento enviará à Comissão de Assuntos Econômicos, Joaquim Levy disse que "ninguém tem o monopólio da verdade".
"Idéias e sugestões são sempre boas. Ninguém tem ou quer ter o monopólio da verdade e a linha das sugestões encaminhadas é a de fortalecer o projeto. Embora não acreditemos ou imaginemos que o projeto seja uma maneira disfarçada de se financiar uma prisão ou a reforma de um prédio. O objetivo é maior e que queremos que daqui a dez anos possa-se dizer: o governo fez uma coisa boa", disse Levy.