Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Acompanhar o processo de produção, desde o cultivo até a colheita, e aprender a importância do consumo de alimentos sem agrotóxicos. Essa rotina já é adotada por 110 escolas do município de Jundiaí, em São Paulo, desde que começou a funcionar o projeto "Vale Verde" – uma horta de 14 mil metros quadrados administrada pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes de Jundiaí.
Mensalmente, são produzidos seis mil pés de alface, quatro mil de chicória, três mil quilos de cenoura, 1,8 mil maços de cheiro-verde, 1,5 mil maços de couve e 1,4 mil quilos de beterraba. Três a quatro horas depois de colhidas, as hortaliças e verduras são entregues às escolas públicas.
De acordo com o secretário de educação de Jundiaí, Oswaldo José Fernandes, a adoção da agricultura orgânica na merenda escolar nasceu da vontade de se oferecer uma alimentação mais natural e saudável aos estudantes. Além disso, os alunos também aprendem noções sobre meio ambiente.
"O projeto tem uma vertente pedagógica muito grande. Como as nossas crianças são muito urbanizadas, o projeto revitaliza a questão da reconquista do homem do campo, fala da origem dos produtos, do ecossistema e do meio ambiente", explica o secretário.
O projeto também modificou a economia da cidade. Com a criação do "Vale Verde", há sete anos, houve queda no preço das hortaliças e verduras compradas pelo município. A experiência é uma das seis propostas apresentadas, nesta sexta-feira, no 1º Encontro Nacional de Experiências Inovadoras em Alimentação Escolar, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasília.