Pesquisadores dizem que negros precisam de políticas públicas para combater desigualdade racial

11/09/2004 - 9h13

Silva Diniz
Repórter da Agência Brasil

São Luís - Conceder vagas nos bancos das universidades não é o suficiente para combater a desigualdade racial. Políticas públicas devem ser criadas para garantir não só o acesso mas também a permanência dos negros na universidade e no mercado de trabalho. Essa conclusão é de professores e estudantes que participaram esta semana, nesta capital, do III Congresso de Pesquisadores Negros.

Com o tema Pesquisa Social e Políticas de Ações Afirmativas para os Afro-descendentes, o congresso terminou ontem (10), na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O evento foi produzido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, da UFMA, e Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.

Para o professor do Departamento de Ciências Sociais da UFMA e Coordenador Geral do congresso, Carlos Benedito da Silva, a população negra no Maranhão é numerosa, mas ainda existem poucas pesquisas nessa área no Estado. "Por isso um dos motivos desse Congresso ser realizado em São Luís foi justamente para colocar o Maranhão no centro dos debates e incentivar a produção científica sobre afro-descendentes no Estado", afirmou.

Durante a realização do congresso, os participantes deram continuidade aos debates iniciados nas duas edições anteriores, que foram realizadas em Recife (PE) e São Carlos (SP), respectivamente.