Dirceu: é preciso recolocar o Rio na posição que sempre ocupou na história do país

08/09/2004 - 17h49

Nielmar Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio - O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, defendeu hoje a necessidade da união dos governos federal e estadual, municípios, organizações não-governamentais e empresários "na tarefa de buscar saídas que levem o Rio de Janeiro ao desenvolvimento" que, segundo ele, "não pode ser diferente do desenvolvimento do Brasil".

Dirceu lembrou que o papel do poder público sempre foi determinante no Rio, até porque a cidade foi a capital do país até 1961. "Nós estamos em dívida com o Rio de Janeiro, apesar do enorme esforço que temos feito e das restrições fiscais que o país atravessa, que felizmente começa a melhorar nesses últimos meses. Todos nós sabemos que a participação do Rio no PIB nacional decresceu, embora tenha tido um ligeiro aumento a partir da década de 90".

O ministro defendeu, porém, a necessidade de acreditar na diversificação e na modernização da base industrial do estado, retomando setores que já foram sólidos e tiveram grande importância para o estado, como os de bebidas e alimentos, têxtil e de confecções. "Devemos e temos recursos para incentivar o setor de fármacos, de móveis, têxtil e confecções e de serviços. Acredito que (existe) um gargalo grave - os serviços de infraestrutura ferroviário e rodoviário - que não é só um problema do Rio, mas sim nacional".