Pedro Malavolta
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor de 0,99%, em agosto, anunciado hoje pela Fundação Instituto Pesquisas Econômicas (Fipe) é resultado principalmente da alta dos preços administrados ou monitorados. Entre os reajustes que mais contribuíram para o aumento da inflação estão: energia elétrica (+0,39%); conta de telefone fixo (+0,12%) e álcool combustível (+0,05%).
"Somando também o reajuste dos planos de saúde (+0,02%) e da gasolina (+0,02%), conseqüência do aumento do álcool, os preços administrados e monitorados contribuíram com 0,6% para o índice", disse o coordenador da pesquisa, Paulo Picchetti. No mês passado, a pesquisa que mede a variação de preços para famílias de um a 20 salários mínimos, registrou alta de 0,59%.
Outra parte da alta é resultado do aumento do 6,54% dos preços dos alimentos in natura, principalmente o tomate (+28,82%), cebola (+27,38%) e batata (+22,91%). Para Picchette a alta desses preços já era esperada, "porque os baixos preços desses produtos no ano passado fizeram as áreas cultivadas diminuir e com as chuvas a produção não conseguiu acompanhar a demanda". Para o coordenador da pesquisa o problema da produção já está resolvida.
A previsão da Fipe de inflação para o ano está mantida em 6%. "Não há nenhum indicio de pressão para o aumento dos preços, excluindo uma possível alta dos combustíveis", disse Picchetti.