Palocci diz que posição do governo sobre acordo com FMI é a mesma de novembro de 2003

03/09/2004 - 17h08

Brasília, 3/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou nesta tarde que a posição do governo brasileiro sobre um possível novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) é a mesma que tinha em setembro do ano passado, quando o empréstimo de US$ 14 bilhões começou a ser negociado.

Naquela época, Palocci dizia que a perspectiva de crescimento econômico possibilitava ao país fazer com que o atual acordo fosse o último e tivesse caráter preventivo. "O governo brasileiro tem como objetivo, após a extensão desse acordo, deixar o Fundo e não fazer um novo acordo", dissera Palocci em novembro de 2003, quando o acordo foi oficialmente anunciado.

"O que disse naquela época vale para hoje", afirmou o ministro, ao comentar que, desde então, o melhor cenário desenhado para a economia se consolidou. "Felizmente, o melhor cenário foi o que aconteceu", disse hoje Palocci.

Entretanto, o ministro lembrou que até março do próximo ano, quando termina o atual acordo, a economia pode mudar e uma eventual crise poderá levá-lo a mudar de posição. "Mantemos a posição de setembro do ano passado, mas não podemos garantir. Se amanhã tivermos outros problemas, vamos dialogar com o país e com a sociedade", afirmou o ministro. Ele ressaltou que não é possível fazer prognósticos com tanta antecedência.

O diretor-gerente do Fundo, Rodrigo Rato, que veio ao país para uma primeira visita, de cortesia, afirmou que, seja qual for o caminho que a economia tomar até março, o FMI continuará apoiando o governo brasileiro e dialogando com ele.