Rio, 30/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - Boa parte do resultado da produção física industrial fluminense no primeiro semestre - que apresentou crescimento nulo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - foi determinada pelo setor extrativo-mineral, que registrou queda de 5,9%.
No passado, esse ramo vinha contribuindo de forma extremamente positiva para a produção industrial total. A queda deste ano resultou de problemas técnicos de manutenção de plataformas. O peso do setor na indústria do Rio é de 20%. As informações são da economista Luciana de Sá, chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado (Firjan).
Desconsiderando a extrativa mineral, a indústria de transformação fechou o semestre com alta de 1,45%, o que mostra que o estado não ficou estagnado. Mesmo assim, em comparação com a média do país, o crescimento foi menos intenso do que o de alguns estados, como o Amazonas, por exemplo, que acumulou nos seis primeiros meses do ano alta de 17,2%, disse Luciana.
A economista identificou dois motivos para o desempenho fluminense. "Um deles é o padrão de crescimento observado atualmente, muito puxado pelos bens de produção e bens de consumo duráveis; o segundo é a estrutura industrial do estado, que é mais pesada em bens intermediários, cujo desempenho não tem sido expressivo nesses meses", explicou.
Para o presidente do Conselho de Economia da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, o período desfavorável já foi vencido pela indústria do Rio, cujos números já se apresentam positivos, de acordo com o conceito aplicado pelo IBGE. Segundo Mariani, a metodologia de pesquisa da Firjan revela, inclusive, que a indústria fluminense "já está no embalo semelhante aos outros estados".