Pedro Malavolta
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A partir de setembro, o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat) e o Centro Brasil Trabalho (CBT), ligados às arquidioceses de São Paulo e de Santo Amaro, abrirão seu cadastro de empregos e desempregados na Internet tanto para consulta como para registro. O principal objetivo dos Centros é encaminhar trabalhadores desempregados para novos empregos, servindo de intermediário deles com as empresas.
O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, conheceu na última sexta-feira (27) o projeto do Ceat/CBT na unidade no bairro do Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo. O ministro agradeceu ao Ceat/CBT por "mostrar e aplicar uma lógica holística para reintegrar as pessoas no mercado de trabalho. Não só encaminha a pessoa para uma empresa que esteja precisando, mas também oferece cursos e outras possibilidades da pessoa se ressocializar".
Segundo a superintendente do programa Ceat/CBT, Jô de Oliveira, a ideia é que o sistema utilizado (Proat) sirva de modelo para o governo federal. "Defendemos é que o cadastro de empregos seja aberto e único. Estamos conversando para mudar o cadastro do governo e torná-lo mais aberto. Enquanto isso, vamos abrir o nosso", declarou.
O Proat foi desenvolvido pelo Ceat/CBT em plataforma Linux, ou seja, é gratuito e aberto para ser aprimorado por outras pessoas. A partir de setembro, qualquer pessoa poderá se cadastrar tanto para procurar quanto para oferecer emprego, pela Internet. "Caso haja uma vaga, o trabalhador poderá reservá-la. Ele não precisa ir até um centro para isso, pode fazê-lo de casa, do correio ou de um telecentro", esplicou Oliveira.
No programa de intermediação profissional do Ministério e das centrais sindicais é necessário que o trabalhador esteja presente para se cadastrar e obter informações. A única exceção é o estado da Bahia, onde o Ministério testa um programa semelhante.
O programa Ceat/CBT foi lançado há um ano e possui cinco unidades, todas em igrejas da periferia da cidade de São Paulo. Segundo Oliveira, até o final de 2005 serão entre 200 e 300 postos sempre em igrejas. Além da intermediação, os centros oferecem cursos de administração, de requalificação profissional e atividades culturais para os desempregados.
O programa recebe apoio do Fundo do Amparo ao Trabalhador, do Ministério do Trabalho, da Fundação Banco do Brasil, da Secretária Estadual de Emprego Relações de Trabalho e do Sebrae.