Bianca Estrella
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Cerca de 250 mil bovinos dos municípios sul-mato-grossenses de Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia e Aral Moreira, estão recebendo reforço na vacinação contra a febre aftosa. A campanha esta sendo feita por causa do registro de casos de rinotraqueíte, uma infecção viral no sistema respiratório de bovinos, que geralmente apresenta lesões mais discretas que a febre aftosa.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, além da imunização nos quatro municípios, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu trabalhar em conjunto com as autoridades sanitárias do Paraguai na área de saúde animal.

Em encontro realizado na cidade de Pedro Juan Caballero, representantes dos governos dos dois países criaram a comissão de fronteiras Brasil-Paraguai para vigilância sanitária bovina. "Os técnicos vão nos ajudar no trabalho de campo, para que possamos coletar mais informações sobre os casos de infecção respiratória no rebanho paraguaio", informou Tadano. A primeira reunião do grupo está marcada para a próxima terça-feira (31) em Ponta Porã (MS), para discutir as ações a serem desenvolvidas pelos técnicos brasileiros e paraguaios.

A rinotraqueíte infecciosa bovina é uma doença viral que infecta bovinos e alguns ruminantes selvagens. A infecção é caracterizada por lesões nasais, descarga nasal muco-purulenta, febre, depressão, apatia e queda na produção. Geralmente as lesões são mais discretas que na febre aftosa. O diagnóstico é feito com o isolamento do agente e sorologia.