Economista diz que moeda única do Mercosul ainda depende de ajustes econômicos

25/08/2004 - 19h18

Brasília, 25/08/2004 (Agência Brasil - ABr) - O professor da Faculdade de Economia de Colônia, na Alemanha, Wacker Heiko, disse hoje que a adoção de uma moeda única no âmbito do Mercosul só deverá ser possível em longo prazo. Segundo ele, a situação econômica atual dos integrantes do bloco ainda não permite se falar em unificação monetária.

Heiko afirmou que o Brasil pagaria um preço ainda mais alto que os outros integrantes em função de seu tamanho e nível de exportação. "Quanto maior um país e menor seu coeficiente de exportação, maior o custo à adesão de uma moeda única", explicou.

Segundo o professor, os países do Mercosul têm que atingir outras etapas antes da unificação monetária. Entre essas etapas estão uma maior integração comercial intra-regional, a promoção da convergência dos sistemas fiscais e dos indicadores macroeconômicos, a estabilidade econômica dos integrantes e ampliação da mobilidade do capital e do trabalho.

Heiko ressaltou que os custos para a adoção de uma moeda única no Mercosul seriam altos como um todo, em todos os países, no atual estágio de avanço do bloco.

O economista alemão participou hoje de palestra promovida pela Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, no Senado.