Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Enquanto prosseguem as investigações para apurar os criminosos pela agressão simultânea a moradores de rua da capital paulista, nove vítimas permanecem internadas em três hospitais. Cinco delas com estado de saúde considerado grave ou muito grave.
Um desconhecido e Daniel Gomes de Souza continuam em estado gravíssimo, na Santa Casa de Misericórdia, para onde foram levados na quinta-feira, dia 19, quando começaram os ataques. Outros quatro feridos estão na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM). Dois deles não foram identificados, sendo que um deles não corre risco de morte; Vanderlei Moreira Alves e Ângelo Roberto respiram com a ajuda de aparelhos. No mesmo HSPM, há previsão de alta para a moradora de rua, Maria de Lourdes. Continua desaparecido o morador de rua, agora identificado como Rivelino Joanella Lemes Pedroso, que fugiu na segunda-feira.
Tanto os médicos quanto as autoridades policiais identificam cada caso de agressão aos moradores de rua para diferenciar casos "rotineiros" dos ataques "premeditados". A investigação inclui as vítimas que têm ferimentos graves na cabeça, desferidos por instrumento contundente. De acordo com o HSPM, são atendidos em média dez moradores de rua todos os dias, vítimas de diferentes patologias.
Com esse critério, estão sendo descartados outros casos recentes, como os de Valdir Rodrigues dos Santos e Maria da Conceição Almeida Alves. Eles viviam nas proximidades do Parque D. Pedro II e, provavelmente, envolveram-se em brigas com outros moradores de rua. Também há o caso de envenenamento por organofosfato. O morador de rua ainda não foi identificado e está em estado grave.
Os mendigos transferidos para o Hospital Ermelino Matarazzo, na zona leste da cidade, estão em observação: José Manoel da Cruz, que teve melhora e deixou a UTI, e Messias Rodrigues Moreira, localizado com fraturas no lado direito da face, mas tem quadro estável.
