Porto Alegre, 20/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Lula e cinco ministros estarão na capital gaúcha neste sábado, para homenagear os 450 funcionários do grupo empresarial Tevah Vestuário Masculino Ltda. pelo Dia da Solidariedade. Desde 1997, os trabalhadores dedicam um dia, sem ganhos, para confecção de roupas e cobertores que são doados a instituições carentes. "Em vez de produzir jaquetas, ternos e camisas, as especialidades da indústria, nos terceiros sábados de maio eles se dedicam à fabricação de cobertores, roupinhas de crianças, pijamas e abrigos infantis, entre outras confecções. A produção é doada a entidades assistenciais", explicou o dirigente Daniel Tevah.
Tevah, diretor de marketing da rede instalada há 40 anos no Rio Grande do Sul, disse que o maior desejo dos trabalhadores é que o exemplo de cidadania que estão dando, seja visto no Brasil inteiro, para que mais pessoas sigam o mesmo caminho. "É isso que eles pretendem e é isso que a visita do presidente, que vai nos orgulhar muito, vai nos proporcionar", afirmou.
Inspirado no trabalho voluntário desses funcionários, uma equipe criada pela Presidência da República instituiu a Semana Nacional da Cidadania e Solidariedade, cuja primeira edição se realizou entre 9 e 15 de agosto. Agora, o presidente resolveu cumprimentar os trabalhadores e dar maior visibilidade à iniciativa. Segundo Tevah, Lula conheceu o projeto a cinco anos e ficou encantado ao ver o trabalho feito por pessoas tão solidárias, que estavam abrindo mão do descanso de um sábado para dedicar sua força de trabalho ao voluntariado. "Acho que aquilo ficou marcado na memória do presidente e agora o objetivo dele é dar visibilidade a esse tipo de projeto para que outras empresas, de outros ramos inclusive, possam seguir o exemplo".
O diretor de marketing explicou que se mais fábricas e indústrias destinassem um dia de suas produções a entidades beneficentes e sociais, o ganho seria enorme: "Se a nossa indústria, que precisa alterar a produção, consegue beneficiar várias entidades sociais, imagina o resultado que atingiriam as fabricantes que produzem móveis, eletrodomésticos ou alimentos". Ele explicou ainda, que o programa não sai caro, porque toda a cadeia produtiva colabora. "Os fornecedores doam a matéria prima para a produção daquele dia; o governo abre mão dos impostos do que vai ser doado; os funcionários entram com o trabalho voluntário; e a empresa, com a infra-estrutura".
Por causa da visita do presidente, os funcionários da Tevah dedicarão o sábado, pela segunda vez este ano, para produção voluntária, quando irão confeccionar 11 mil peças. No almoço, o presidente Lula, sua comitiva e os trabalhadores, degustarão maionese campeira, paella rio-grandense e pudim de laranja ao forno, no refeitório da empresa. O presidente deve permanecer cerca de três horas no Estado. Devem acompanhar o presidente na visita os ministros Olívio Dutra, das Cidades; Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário; e Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
