Brasileiros atendidos pelo SAMU já são 32,2 milhões

21/08/2004 - 8h58

Irene Lobo e Juliana Andrade
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Com a inauguração do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu/192) em dois municípios do Maranhão, São Luís e Imperatriz, ontem (20), subiu para 32,2 milhões o número de brasileiros que já podem contar com o socorro de emergência prestado pelas equipes médicas do serviço. Ao todo, moradores de 104 municípios de 15 estados, distribuídos pelas cinco regiões do país, têm o telefone 192 à disposição para chamadas de urgência, para o atendimento gratuito de casos de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e psiquiátrica.

No final de junho, o total de municípios cobertos pelo serviço representava menos da metade dos que hoje contam com a atuação das equipes médicas do Samu/192: eram 45 municípios, em 10 estados. Com uma média atual de 68,3 mil atendimentos por mês, o serviço caminha para a cobertura de 1,7 mil municípios até o final do ano. Em 2004, o ministério está comprando 1.480 ambulâncias, com investimentos de R$ 297 milhões para levar o Samu a 118 milhões de pessoas.

"O Samu é uma realidade. Nós estamos escrevendo o Brasil no primeiro mundo no que diz respeito a atendimento de urgência. Tem muito trabalho pela frente, é um trabalho de cooperação entre governos, mas o Samu não acaba nunca mais, porque não é política de governo, que muda com o governo. É um serviço que veio para ficar", destaca o responsável pelo programa, Arthur Chioro, que é diretor do Departamento de Atenção Especializada do ministério.

Especialista na área de planejamento e gestão em saúde, o médico, de 40 anos, destaca que um dos diferenciais do Samu em relação a outros atendimentos de urgência é a chamada central de regulação médica, que funciona durante 24 horas por dia para atender pedidos de socorro. Depois de ser atendido por um telefonista, que colhe as informações básicas sobre o paciente, o usuário conversa com o médico regulador. E é esse profissional quem avalia as necessidades de cada chamada, fornece orientações ao paciente, com base nos sintomas e outras informações apresentadas por ele, e solicita o envio de uma ambulância, se for preciso.

"Em cima de protocolos clínicos, rapidamente o médico identifica qual é a gravidade do caso, qual é a necessidade de atender com rapidez. Então, se é um caso que pode esperar trinta minutos e tem um outro que tem que chegar em dois minutos, o médico tem autoridade para passar o mais grave na frente", explica Chioro. "Este é que é o grande impacto que o Samu traz: a rapidez no atendimento, a qualidade no atendimento, salva a vida mesmo", completa.