Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Secretaria Especial de Direitos Humanos abriu nesta sexta-feira, dia 20, um processo de monitoramento sobre o caso dos moradores de rua agredidos e mortos no centro de São Paulo. O ministro Nilmário Miranda indicou o chefe da ouvidoria do órgão, Pedro Montenegro, para acompanhar as investigações.
"Pelo número de vítimas envolvidas, em condição vulnerável, e pela brutalidade das agressões, esse caso já se configura como uma chacina, provavelmente praticada por grupos de extermínio ou nazifascista", avalia Montenegro. "Daremos uma resposta firme e contundente para que a barbárie não se instale e se alastre. Vamos colocar toda a infra-estrutura do governo federal à disposição do caso, inclusive o programa de proteção a testemunhas."
De acordo com o chefe da ouvidoria, geralmente os processos de monitoramento são abertos depois de uma provocação das entidades de defesa dos direitos humanos. Mas, diante da gravidade dos fatos, a secretaria resolveu começar a agir logo.
Na próxima terça-feira, Montenegro tem reuniões marcadas, em São Paulo, com representantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, da Comissão de Direitos Humanos de São Paulo e de entidades não-governamentais ligadas ao tema. Também estão agendados encontros com o delegado responsável pelo caso e com representantes da promotoria e procuradoria geral de Justiça.