Pesquisa mostra que moradores de rua somam dez mil em SP

20/08/2004 - 16h53

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizada em 2003, mostra que mais de dez mil pessoas dormem nas ruas, praças, viadutos, vias expressas, cemitérios e albergues da cidade de São Paulo. O estudo foi realizado a pedido da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo. Na madrugada desta quinta-feira, dia 19, dez moradores de rua foram agredidos a pauladas. Quatro deles morreram.

A pesquisa da Fipe registrou 10.400 pessoas sem abrigo na capital, ao relento, em albergues ou abrigos municipais. Os homens não-brancos, com idade média de 38 anos, são maioria nessa população. A presença masculina também predomina em outras grandes metrópoles no exterior, como Tóquio, Los Angeles e Nova York, Paris e Londres. A classificação por raça ainda mostra que "não-brancos" reúne pessoas negras, pardas, amarelas (de origem asiática) e outras. A pesquisa indica que os moradores de ruas têm maior dificuldade de socialização, problemas com alcoolismo e até mesmo mentais do que os albergados e abrigados.