Brasília - O governo federal publicará, na próxima segunda-feira (23), medida provisória que reajusta o salários dos professores universitários em índices que variam de 10% a 34,9%. Além do reajuste, o governo extingue a gratificação por produtividade (GED) e diminui a diferença entre os salários dos docentes da ativa e dos que estão aposentados.
"O MEC (Ministério da Educação) está criando um grupo de trabalho para poder resolver, em 2005/2006, o que não foi possível acordar nesse momento", disse o secretário executivo-adjunto do MEC, Jairo Jorge.
Dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andes) mostram que a proposta do governo foi aceita pelos professores de 17 universidades federais, entre elas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Outras 16 instituições, como a Universidade de Brasília e a Universidade Federal da Bahia, mantêm a greve.
O secretário ressalta que, com a publicação da MP no Diário Oficial da União (DOU), o aumento será concedido ainda na folha de agosto, com pagamento previsto para o início de setembro. Segundo ele, a partir do momento em que a medida provisória for publicada, os professores que permanecerem em greve estarão sujeitos ao corte do ponto, conforme decreto do governo federal.
"Se todas as tratativas do governo não forem suficientes, obviamente que o governo usará suas medidas, dentro das normas legais, para que a normalidade dos trabalhos nas universidades possa ser retomada", argumentou.