Rio, 19/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Infraero, Carlos Wilson, afirmou que o governo tem todo o interesse em resolver a situação da Varig, mas condicionou a solução do problema ao afastamento da atual controladora da empresa, a Fundação Rubem Berta.
Carlos Wilson defendeu a preservação da Varig. Segundo ele, a empresa representa, para o governo, um emblema do país, em especial "suas linhas internacionais que não podem ser substituídas da noite para o dia por outra empresa". "É um patrimônio que temos que preservar", afirmou.
A Varig tem uma dívida total de R$ 6 bilhões, sendo que R$ 4 bilhões com a União, relativos a débitos com a Infraero, Receita Federal, INSS, Banco do Brasil e BR Distribuidora, entre outros organismos públicos. Wilson afirmou que é necessário um entendimento entre os credores, que incluem também bancos internacionais.
Ele acredita, entretanto, que a situação só se resolverá se a Fundação Rubem Berta, que administra a Varig, for afastada. "Uma administradora que deixa uma empresa ter um passivo de R$ 6 bilhões não tem mais qualquer capacidade gerencial", afirmou Carlos Wilson.
O presidente da Infraero fez as declarações após inaugurar a nova sede do Instituto Infraero de Seguridade Social (Infraprev), no centro do Rio.