Fronteira com o Paraguai é alvo de vacinação anti-rábica canina

19/08/2004 - 11h23

Curitiba, 19/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - Uma parceria entre o Ministério da Saúde do Brasil, a Itaipu Binacional , o Ministério da Saúde do Paraguai e a Secretaria da Saúde do Paraná, está possibilitando a realização de uma campanha de vacinação anti-rábica canina na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai nos meses de agosto e setembro. A campanha deve se estender até o dia 24 de setembro, incluindo 25 municípios paranaenses e duas regiões de saúde do Paraguai na fronteira entre os dois países.

A meta é vacinar 145 mil cães e gatos nos municípios paranaenses e 100 mil no Paraguai. Se essa meta for alcançada, a cobertura vacinal da região será superior a 80% da população total desses animais, evitando assim a circulação do vírus da raiva canina e a transmissão da doença aos seres humanos.

"A vacinação só é feita na fronteira com o Paraguai porque nas outras regiões do Estado não existe mais raiva canina desde o final da década de 70. A raiva está controlada nos três Estados do Sul", explica o técnico da Divisão de Zoonose da Secretaria da Saúde, Paulo Guerra.

Mas os municípios situados perto da fronteira do Brasil com o Paraguai ainda são considerados de risco para a transmissão da raiva, pois em 2002 houve registro de casos de raiva canina e humana na região. O município de Foz do Iguaçu confirmou em 2001 seis casos de raiva canina e, em 2002, mais três casos. No mesmo período foram registradas as mortes de duas pessoas que contraíram raiva em Ciudad Del Este, no Paraguai, e receberam tratamento em Foz do Iguaçu. Em 2004, foi registrado um caso de raiva humana em município da região central do país vizinho a 200 quilômetros da fronteira.