Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa do Rio, que apurou denúncias de irregularidades na Loterj (Loteria do Rio de Janeiro) e Rio Previdência (Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio), será votado agora pela manhã pela Comissão.

O documento de 500 páginas, entregue aos parlamentares da Comissão na última segunda-feira, conclui que houve corrupção nas duas instituições. Se aprovado na Comissão, o relatório segue para o plenário da Assembléia Legislativa. A data para a votação no plenário ainda não está marcada. O presidente da CPI, deputado Alessandro Calazans, acredita que, se nesse período o pedido de quebra de sigilo fiscal do ex-presidente da Loterj Waldomiro Diniz for aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as informações poderão ser anexadas ao relatório a tempo da votação em plenário.

Segundo o deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, relator da CPI, se o pedido de quebra de sigilo for aceito pelo STF após a aprovação na Assembléia Legislativa, os parlamentares encaminharão as informações ao Ministério Público para prosseguirem as investigações.

O relator está otimista com relação à aprovação na CPI. Ele informou que o relatório aponta como responsáveis pela corrupção na Loterj Waldomiro Diniz e o dono de casas de Bingo, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. No caso do Rio Previdência, o documento aponta o ex-presidente da autarquia, Rui Belo, e o ex-diretor de Operações, Mauro Michelsen. "Minha expectativa hoje no pleno da CPI é que as tipificações propostas para os crimes que essas pessoas cometeram, e estão lá relatados, sejam aprovadas pela imensa maioria. O que espero é a aprovação do texto e que o presidente da Assembléia Jorge Picciani coloque em votação no plenário em quinze dias para que nós possamos encaminhar tudo ao Ministério Público e isso se transforme em denúncia ao Tribunal de Justiça".