Rio, 18/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo Rio está iniciando um megamovimento destinado a estimular as compras de produtos fluminenses por consumidores do próprio Estado. De acordo com o sub-secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Jorge Cunha, a iniciativa é o terceiro pilar do projeto governamental Compra Rio, lançado em maio deste ano, que prevê ampliar a arrecadação anual de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servilços (ICMS) em até R$1 bilhão por ano, com a geração de 50 mil empregos diretos.

Isso será possível, segundo Cunha, com o aumento das vendas de produtos fabricados no estado, que levarão a indústria fluminense a operar com 100% de sua capacidade. Atualmente, a ociosidade média do setor varia de 30% a 40%. Em termos de Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa do governo é de um aumento próximo a R$ 11 bilhões por ano.

O programa Compra Rio começou incentivando as compras governamentais no estado, com base na Resolução 047/2003, da Secretaria estadual da Receita, que determina a isenção de ICMS para empresas instaladas no Rio que, ao oferecerem seus produtos a órgãos estaduais do governo, comprovem que seus preços, sem o valor referente ao imposto, são menores do que os preços dos concorrentes de outras unidades da Federação.

Outra vertente foi o estímulo a empresas públicas e privadas de grande porte, como Petrobras, a comprar de fornecedores de micro e pequeno portes. Para isso, foram promovidos encontros e rodas de negócios, feiras, capacitação de fornecedores.

A campanha, que será lançada amanhã (19) pela governadora Rosinha Matheus e pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Humberto Motta, tem o objetivo de incentivar a adesão popular ao programa Compra Rio. "A gente quer que a sociedade civil organizada, em igualdade de condições de qualidade e de preço, priorize os produtos fluminenses nas suas compras", esclareceu Cunha, que acredita que isso vai acarretar o surgimento de novos negócios no Estado e mais empregos.

A idéia é que a campanha se sustente ao longo do tempo, até que a população passe a ter como hábito a compra de produtos fabricados no próprio Estado do Rio, que tenham qualidade e preço competitivo, manifestou Jorge Cunha.
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