Brasil é destaque na gestão de recursos humanos, diz presidente de congresso mundial

18/08/2004 - 6h44

Rio, 18/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - "O Brasil é um dos líderes na gestão de recursos humanos, porque somos um povo muito especial, que tem uma grande sensibilidade, e vivemos na diversidade cultural, o que nos ajuda a entender mais as pessoas. E apesar de todas as crises que nós enfrentamos, o brasileiro conseguiu preservar seu alto astral, sua forma afetiva de lidar com as pessoas e uma forma descontraída de lidar com problemas".

A avaliação é do presidente do 10º Congresso Mundial de Recursos Humanos e do 30º Congresso Brasileiro do setor, Luiz Edmundo Rosa. Os dois eventos se realizam no Riocentro até sexta-feira (20) com a participação de cerca de 4 mil pessoas.

Os predicados atribuídos ao povo brasileiro, segundo Rosa, explicam por que as grandes empresas mundiais elegeram o Brasil como uma referência importante para a gestão de recursos humanos no exterior. Outro fato que reforça a liderança brasileira nessa área é que a décima edição do congresso já é a maior da história dos encontros realizados em todo o mundo pela Federação Mundial das Associações de Gestão de Pessoal (da sigla em inglês WFPMA), acrescentou. O número de participantes é recorde absoluto, já que congressos anteriores reuniram o máximo de 1,8 mil pessoas.

O tema do encontro mundial é "Gerando Conexões que Geram Resultados", o que significa, de acordo com Rosa, que o mundo evoluiu muito na questão tecnológica, de modernização dos países, mas não pode perder o que é mais importante: as pessoas. "Não há desenvolvimento sem a inclusão dos países mais pobres e sem a participação de todos que trabalham em uma empresa e que fazem parte de uma mesma unidade", sentenciou o presidente do congresso e também conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

O encontro pretende fazer uma reflexão sobre estratégias de recursos humanos; globalização e seus efeitos sobre o modo de atuação das pessoas e da vida das empresas; o capital humano, mais importante forma do capital porque é a única que tem emoção e reage; a questão da produtividade; e, pela primeira vez, o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social.

Luiz Edmundo Rosa disse estar convencido de que o Brasil não apenas acompanha a tendência de melhoria crescente na gestão de recursos humanos, mas também faz esse movimento acontecer. Apesar das limitações sócio-econômicas, como taxa de desemprego elevada e desigualdades sociais, a consciência das empresas brasileiras nunca foi tão grande como agora, avaliou. E acrescentou: "O Brasil não pode mais ter auto-estima baixa e merece sentir orgulho dos brasileiros. Nós não nos fazemos em nós mesmos, mas sim servindo uns aos outros."