Bianca Estrella
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e do Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape) estão reunidos em frente ao Ministério do Planejamento. Em greve há 50 dias, os servidores aguardam uma reunião com representantes do ministério para discutir a apresentação do projeto de lei que cria o plano de carreira da categoria.
De acordo com o coordenador geral da Fasubra, João Paulo Ribeiro, o governo convocou os servidores para apresentar uma proposta. "A reunião deveria ter se realizado ontem, mas o ministério adiou. Estamos aqui desde cedo aguardando a reunião para darmos início às negociações", afirmou. Ribeiro disse que os servidores querem uma política de gratificação condicionada à antecipação de carreira.
Ele explicou que pelo plano de carreira, o servidor deverá saber o que vai alcançar assim que entrar na universidade, o que poderá fazer com sua capacitação e em que nível salarial poderá chegar. "Com a implantação do plano de carreira, esses profissionais passam a ter estímulo para melhorar sua formação e seu desempenho pois terão perspectiva de ascensão profissional. Nosso objetivo é que o servidor consiga fazer uma progressão, não saia do serviço público e nem da universidade", afirmou.
Segundo o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Jairo Jorge, o governo federal está empenhado em resolver essa greve. "Estamos apresentando aos servidores e técnicos administrativos proposta que cria um plano de carreira, que cria incentivos, que trabalha com o ambiente e que busca valorizar a universidade pública", explicou.
"A proposta que estamos apresentando significa investimento de R$ 1,4 bilhão para os anos de 2004, 2005 e 2006", ressalta. Segundo Jorge, a implementação do plano de carreira é um projeto que beneficia 150 mil servidores e técnicos administrativos. Ele disse que o governo espera que os servidores analisem a proposta e retornem à normalidade para que um ambiente de diálogo possa ser mantido dentro das universidades. "O governo está empenhado em acabar com essa greve", acrescentou.
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GA