Brasília, 11/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - A secretária executiva do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep), Gleyse Peiter, disse hoje que o projeto desenvolvido pela entidade na área de cultivo de algodão está ajudando a emancipar comunidades nordestinas. Em entrevista ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, Gleyse explicou que o projeto começou quando o Coep, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Centro de Tecnologia, Trabalho e Cidadania - Oficina Social decidiram estabelecer parceria.
O objetivo do projeto era transferir técnicas de cultivo, manejo de solo, processamento e outras tecnologias - como a instalação de uma mini-usina de beneficiamento - às comunidades de baixa renda da região do semi-árido, que permitissem a produção do algodão integrada à indústria
Segundo a secretária, as três entidades acreditavam que era possível mudar as condições de vida de parte da população nordestina, por meio da revitalização do cultivo do algodão.
O projeto começou em 2001, com sete famílias no município de Juarez Távora, no interior da Paraíba. "A grande mudança foi que os produtores começaram a trabalhar o algodão na própria comunidade, isso gerou desenvolvimento, permitindo que o projeto crescesse e se espalhasse para outros municípios", lembra Gleyse Peiter. "Agora, temos seis municípios beneficiados e de 180 a 200 famílias estão no projeto", acrescenta.
Segundo Gleyse, o projeto ajudou no aumento da renda das famílias e, conseqüentemente, das comunidades, "Algumas comunidades não tinham nem luz elétrica. Hoje, com as mini-usinas processando o algodão, gerou-se um círculo virtuoso com aumento de renda, fazendo com que a comunidade fique mais emancipada", diz a secretária.