Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - O relatório da CPI da Loterj (Loteria do Rio de Janeiro) e do Rio Previdência (Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio) será apresentado aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa do Rio na próxima terça-feira.

Segundo o relator da comissão, deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, só a autorização para a quebra do sigilo fiscal dos investigados poderia atrasar a entrega do relatório. O deputado explicou que desde a criação da CPI, em março, dois pedidos de quebra de sigilo bancário que foram feitos à Justiça ainda estão sem resposta. Um deles foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal.

De acordo com Luiz Paulo, as investigações comprovaram que o ex-assessor da Casa Civil e ex- presidente da Loterj, Waldomiro Diniz, e o dono de bingos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, mantiveram contatos telefônicos. As apurações, segundo o deputado, indicam que os dois teriam feito 248 ligações e parte delas teria ocorrido enquanto Waldomiro ocupava o cargo no governo federal.

O deputado não quis revelar se serão pedidas as prisões dos envolvidos, mas adiantou que no caso do Rio Previdência não será solicitada a punição dos ex-governadores, Anthony Garotinho e Benedita da Silva, que estavam cumprindo mandato na época das denúncias, porque as apurações não trouxeram provas de envolvimento deles no mau uso dos recursos públicos. Depois de votado na CPI, o relatório será apresentado no plenário da Assembléia Legislativa do Rio.