Direção da Petrobrás não comenta críticas de Kirchner à atuação da empresa na Argentina

10/08/2004 - 16h24

Rio, 10/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - A direção da Petrobras informou que não vai comentar críticas que o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, teria feito à empresa, durante reunião com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em Buenos Aires. Notícia publicada pelo jornal El Clarín, daquele país, revela que Kirchner teria manifestado seu descontentamento com a atuação da Petrobras na Argentina.

De acordo com o jornal, as afirmações do presidente argentino teriam pegado de surpresa o chanceler brasileiro e põem à prova a aliança estratégica com o governo Lula. O jornal revela que o presidente da Argentina questionou a falta de investimentos da Petrobrás, em especial os destinados à ampliação da rede de transporte de gás do sul do país.

Do mesmo modo, a direção da estatal brasileira absteve-se de fazer comentários sobre o posicionamento da Associação de Engenheiros da Petrobrás (Aepet) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) contrário aos leilões de áreas para exploração de petróleo e gás no Brasil. Além de ter interesse nas áreas que serão licitadas, a empresa alega que o assunto é da jurisdição da Agência Nacional do Petróleo (ANP).