Brasília, 10/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - Investir em ciência e tecnologia, a partir de uma estrutura estatal organizada, é sempre um dos caminhos escolhidos por vários países para que o tão almejado desenvolvimento social ocorra. O que ainda intriga os pesquisadores é a escolha mais indicada para que esse impacto social da C&T possa ser realmente percebido.
"O impacto social no caso cubano tem que estar necessariamente atrelado à melhoria dos indicadores sociais", diz Armando Rodríguez, representante do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba.
O sistema de C&T cubano tem a participação de 73.470 pessoas. A população total da ilha hoje é de aproximadamente 11 milhões de pessoas. "Para perceber a importância do desenvolvimento de ciência e tecnologia nos voltamos para os setores da educação, saúde, trabalho, alimentação, cultura e recreação e esportes", explica Rodriguez.
Os principais destinos dos impactos, para o estado cubano, está muito relacionado com atividades vitais de uma nação, como a balança comercial. "Um impacto positivo é aquele, por exemplo, que provoca economia nas importações".
Dentro desse contexto, o caso recente de uma vacina contra a bactéria Haemofilus influenzae, desenvolvida em Cuba, relata bem, segundo Rodriguez, como lá se mede o impacto social da ciência. "Chegamos a marca de 99,7% das lactantes vacinadas. Além disso, a economia com a importação desse medicamento, que está disponível para toda a população, é de US$ 1,7 milhão. Esses resultados dizem bastante sobre esse impacto social", conclui. (Agência Fapesp)