Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos Políticos analisa hoje à tarde o pedido de indenização aos parentes do frade dominicano Tito, perseguido, preso, torturado e expulso do país pela ditadura militar. Segundo o secretário-executivo da Comissão, Francisco Helder Pereira, a reunião, que estava marcada para as 14h30, ficou para as 16 horas por causa do atraso de dois membros da comissão que estavam vindo de Porto Alegre.
O caso será analisado com base em medida provisória aprovada neste ano, e convertida em lei, que estende a indenização a parentes de pessoas que se suicidaram por causa de traumas psicológicos que resultaram de torturas.Frei Beto foi expulso do Brasil e asilou-se na França, onde se matou no dia 10 de agosto de 1974.
O secretário especial de Direitos Humanos, ministro Nilmário Miranda, vai presidir a reunião, que contará a presença de apenas cinco membros da comissão: André Sabóia, da Secretaria dos Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores; Maria Eliane Menezes Faria, do Ministério Público; deputada Maria Rosário (PT-RS), da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados; tenente-coronel João Batista da Silva Fagundes, das Forças Armadas, e Susana Lisboa, representante dos familiares dos mortos e desaparecidos políticos.