Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal deu por encerrada hoje a operação "Orcrim ESA", que, há mais de um ano, vinha realizando em Rondônia para combater a criminalidade no estado. A investigação resultou na prisão de 21 pessoas e no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão.
Para encerrar a Orcrim ESA, a Força Tarefa da Polícia Federal utilizou mais de cem agentes que integravam outra equipe, a da Operação Mamoré, criada em abril deste ano para investigar a exploração ilegal de minérios no Estado.
Entre os presos está o ex-senador por Rondônia Ernandes Amorim, considerado um dos principais membros de uma organização criminosa que atuava na cidade de Ariquemes, a 200 km da capital, Porto Velho. A organização é acusada também de formação de quadrilha, corrupção, exploração ilegal de minérios, exploração clandestina de madeiras e concussão. Em Ariquemes, foram apreendidos armas, veículos, computadores, cofres, armas e diversos documentos, que serão a partir de agora analisados.
A Polícia Federal informou que a quadrilha desviava verbas públicas federais e estaduais. O prejuízo estimado pelos investigadores da PF chega a R$ 18 milhões. O esquema, segundo a PF, ia desde superfaturamento das obras até licitações fantasmas. Uma das pessoas presas, Albertina Franco de Melo Almeida, é a titular da Secretaria de Finanças da cidade de Ariquemes.
As prisões temporárias têm duração de cinco dias. Nesse período, a PF deve adotar as providências judiciais necessárias para cada caso, inclusive pedidos de prisão preventiva, com duração de 30 dias.