Rio, 5/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje paciência aos sindicalistas da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que lhe entregaram um documento reivindicando a assinatura do acordo entre a Advocacia Geral da União (AGU) e a associação dos servidores da entidade, para o pagamento das perdas salariais do Plano Bresser. Em discurso na Fiocruz, Lula disse que entende a angústia dos profissionais, mas lembrou que o funcionalismo público sofreu durante 19 anos e que seu governo tem apenas 18 meses para tentar resgatar.

"É pouco tempo para tentar recuperar o descaso que houve no desmonte da máquina pública neste país, porque, durante muito tempo, a pretexto de terceirizar serviços importantes e a pretexto de privatizar muitos setores, inventou-se que o funcionário público brasileiro não era competente, que não tinha competência", disse Lula.

No final do discurso, o presidente lembrou uma propaganda que está sendo veiculada na televisão destacando a garra do brasileiro. "Não há país nenhum no mundo que consiga dar passos importantes em nenhuma área, se as pessoas não estiverem com auto-estima elevada, se não estiverem acreditando naquilo que estão fazendo, se as pessoas se acharem subalternas, se não tiverem garra para lutar", enfatizou Lula.

Após o discurso, o presidente assistiu a uma apresentação do grupo Afro Lata, da favela de Vigário Geral, e ganhou de presente duas baquetas.