CEF deve assinar em duas semanas financiamento para Vila do Pan, diz Agnelo

05/08/2004 - 17h58

Rio, 5/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Caixa Econômica Federal (CEF) está concluindo a fase de análise da viabilidade técnico-financeira do projeto de construção da Vila Pan-Americana, onde ficarão hospedados os membros das delegações dos 42 países que participarão dos Jogos de 2007, no Rio de Janeiro, e deverá assinar o contrato de financiamento em, no máximo, duas semanas.

A informação foi dada hoje pelo Ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, que acompanhou o Presidente Lula e Dona Marisa Letícia na visita ao canteiro de obras onde está sendo erguida a Vila do Pan. O Presidente colocou à disposição do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de 2007 tudo o que for necessário para deslanchar o projeto, revelou o ministro.

Agnelo Queiroz disse que da linha de crédito já aprovada pela CEF, no total de R$ 340 milhões, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, deverão ser utilizados na construção da Vila em torno de R$ 240 milhões. Ele acredita que com o início das obras, entre setembro e outubro próximos, haverá tempo suficiente e bastante tranqüilidade para mobiliar e fazer os testes necessários nos equipamentos, de modo que a Vila seja entregue com folga em janeiro de 2007. O compromisso é entregar a Vila pronta 6 meses antes do início dos Jogos, programados para agosto daquele ano.

O diretor executivo da empresa Agenco, construtora da Vila, Sérgio Goldberg, informou que a liberação das 1as. parcelas do financiamento deverá ocorrer em setembro. A mudança ocorrida no projeto inicial não atrapalhou o processo junto à Caixa, garantiu o ministro. Segundo explicou, o projeto será feito no prazo adequado.

"Isso é fundamental para o Brasil porque dará segurança a todos os participantes e a própria vinda aqui do Presidente, pessoalmente, com a conclusão desse exame da viabilidade do projeto pela Caixa Econômica, dará a tranqüilidade definitiva de que nós vamos realizar os Jogos Pan-Americanos porque a Vila é o coração dos Jogos", manifestou Agnelo Queiroz.

O ministro admitiu que a obra está no limite de prazo, mas reafirmou que a presença do Presidente da República significava o empenho e a certeza de que a Vila será construída em tempo hábil. A obra envolve não só financiamento da Caixa, mas também recursos privados, esclareceu o ministro. Após os Jogos Pan-Americanos, todas as unidades que farão parte da Vila serão vendidas e o empréstimo reposto, como numa operação financeira habitual para construção imobiliária.

O ministro declarou que o Presidente Lula aprovou o local e o projeto. "É um projeto arrojado, que é de um padrão até superior ao da Vila Olímpica de Atenas. Portanto, nós vamos oferecer um local agradável, com muito conforto para os atletas, o que é fundamental para o sucesso dos Jogos".