Saiba mais sobre o Programa Brasileiro de Inclusão Digital

04/08/2004 - 19h46

Brasília - O Programa Brasileiro de Inclusão Digital (PBID), atualmente discutido no governo federal, quer ampliar o acesso dos cidadãos – principalmente os de baixa renda, das classes C, D e E - às tecnologias da informação. O programa foi apresentado nesta quarta-feira durante reunião da Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico e deve ser lançado nos próximos meses.

Segundo informa o secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, Swedenberger Barbosa, o PBID está estruturado em três eixos: investimentos em telecentros (espaços com computadores conectados à Internet disponíveis para a população), gestão comunitária dos telecentros e uso de software livre, para garantir que o programa seja economicamente sustentável.

A idéia inicial do governo é implantar espaços de informações e negócios, onde a população teria acesso à Internet, além de oficinas de reparos de computadores e um espaço multimídia de produção audiovisual.

O uso de softwares não-proprietários, ou seja, programas de computador cujo uso não implica o pagamento de direitos autorais, como os medicamentos genéricos, por exemplo, é elemento central do programa. Além de reduzir os gastos com licenças e a remessa de royalties para o exterior, o software livre permite que os usuários se apropriem das tecnologias e incentiva o país a conquistar autonomia na área de tecnologia da informação.

Mil até 2005

O PBID quer implantar mil unidades de acesso à Internet e uso de computador, os chamados telecentros, até junho de 2005. O Plano Plurianual de Investimentos (PPA) prevê a implantação de seis mil unidades até 2007. Cada unidade do programa terá espaço multimídia de produção audiovisual, além de computadores onde a população terá acesso gratuito a correios eletrônicos, cursos básicos de informática, atendimento de serviços públicos (Agência de Correios, Delegacias Regionais do Trabalho, Postos do INSS, por exemplo), educação à distância, entre outras atividades.

"Nós queremos usar a rede e a infra-estrutura que o governo federal possui. Com isso, vamos reduzir custos, otimizar o que já está instalado. Vamos usar tudo de modo coordenado: fibra ótica, cabo, rádio e satélite", afirma o secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, Swedenberger Barbosa.