Rio, 4/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Roberto Kauffman, atribuiu a alta de 0,94% do Índice Nacional da Construção Civil (INCC) em julho, em relação à taxa de 0,74% no mês anterior, ao aumento dos preços do ferro, que é um dos principais insumos do setor. Segundo ele, os fornecedores vêm praticando preços internacionais, o que onera não só o custo da construção civil como o da indústria de autopeças e das fábricas de automóveis.

Os dados sobre o Índice Nacional da Construção Civil divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que de janeiro a julho deste ano as barras de vergalhão ficaram mais caras em todas as regiões do país.

Para Kauffman, o custo da construção civil poderá aumentar ainda mais se houver novo reajuste nos preços dos combustíveis. "Se a gasolina aumentar, o custo da entrega dos materiais vai subir também, porque pagamos frete", explicou ele.

Em julho, o custo com a mão-de-obra subiu 0,85%, contra os 0,49% de junho, ainda como reflexo dos reajustes salariais das categorias profissionais do setor, conforme explicou o IBGE.

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) é calculado mensalmente pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal. Desde o ano passado é usado pela Caixa para o cálculo dos custos na avaliação de projetos e pelo Tribunal de Contas da União para auditorias em obras públicas.