Brasília, 4/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo vai mobilizar toda a bancada na próxima semana para a apreciação de seis medidas provisórias e de projetos de urgência constitucional, a fim de liberar a pauta do Senado e votar os projetos de Parcerias Público-Privadas (PPP) e de Biossegurança e concluir o exame da reforma do Judiciário. De acordo com o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), a bancada aliada vai comparecer, para garantir quórum no esforço concentrado, e ministros e líderes do governo estão dispostos a negociar com a oposição.
Mercadante informou que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai convocar reunião de líderes para a próxima terça-feira (10), para tratar do assunto.
O senador não poupou a oposição e fez críticas a declarações atribuídas ao líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), segundo as quais o projeto das PPPs somente será votado após as eleições de outubro. "O PPP não pode ser adiado por razões tão precárias quanto o calendário eleitoral. Concordo que precisamos garantir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, vamos sentar, negociar, e vamos a voto", afirmou.
Sobre os requerimentos para que os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, compareçam ao Senado e prestem esclarecimentos sobre denúncias de crime contra a ordem tributária, Mercadante disse que o convite terá todo apoio. "Nós acertaremos a oportunidade de eles virem, e tenho certeza de que brevemente isso ocorrerá", disse Mercadante. Segundo ele, não há um ato de irregularidades na gestão de Meirelles no Banco Central.
Para Mercadante, existe "motivação político-eleitoral" nas críticas da oposição. "Isso não ajuda o país", afirmou o senador, que defende a conclusão da agenda de votações para dar continuidade ao crescimento do país.
Os requerimentos de convite a Meirelles e Casseb serão votados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima semana.