Rio, 3/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Parmalat Brasil, Nelson Bastos, disse que a companhia poderá ser estritamente nacional, deixando para trás o posto de subsidiária da multinacional italiana que mergulhou em uma crise financeira no final do ano passado. Segundo Bastos, a empresa está em franca recuperação e até o final deste ano deverá ser feita uma composição com os bancos credores para que a Parmalat Brasil se torne uma empresa brasileira.
Ao assinar com a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, o termo que acabou com cinco meses de intervenção judicial na fábrica de Itaperuna, Bastos afirmou que a reintegração da unidade cria condições efetivas para a revitalização da Parmalat Brasil. A unidade de Itaperuna produz leite em pó instantâneo e condensado.
O termo que encerrou a intervenção na unidade de Itaperuna estabelece a garantia dos empregos e o pagamento a cada 15 dias aos fornecedores. "Vamos manter os compromissos assumidos em nome da Parmalat pelo colegiado que administrou a fábrica", disse Bastos.
Além da fábrica de Itaperuna e de Carazinho, no Rio Grande do Sul, a Parmalat tem outras sete unidades. Bastos informou que algumas chegaram a fechar durante a crise da multinacional italiana, "mas agora todas já estão em pleno funcionamento, o que deu em julho um faturamento recorde de R$ 66 milhões, 140% superior ao do auge da crise".