Pedro Malavolta e Paulo Montoia
Repórteres da Agência Brasil

São Paulo – O número de armas recolhidas e pagas na Campanha do Desarmamento, estimado originalmente em 80 mil, mais que dobrará, anunciou nesta segunda-feira o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O anúncio foi feito em Diadema, cidade da grande São Paulo, onde o ministro participou da assinatura do primeiro programa conjunto para o desarmamento, entre a Polícia Federal e entidades civis, a ONG Sou da Paz, a igreja católica e a prefeitura.

O ministro não fez um balanço do número de armas recolhido até agora, mas informou que haverá dinheiro suficiente para o pagamento, mesmo com o aumento do número de armas. O programa em Diadema envolve entidades da sociedade civil para permitir que a população entregue as armas em postos mais próximos de suas casas.

Em visitas domiciliares, os moradores receberão explicações da importância da entrega das armas, dos objetivos do programa governamental e dos valores de pagamento. As visitas já estão sendo feitas por militantes da ONG Sou da Paz, sessenta agentes de saúde e vinte guardas civis treinados. Segundo os organizadores, o número de agentes de saúde no programa deverá aumentar para até 260. A entrega pode ser feita em quatro paróquias, quatro distritos policiais militares e um da guarda civil metropolitana. Uma vez entregue nos postos especificados, as armas são depois entregues à Polícia Federal.