Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho, Fahid Tahan, reivindicou hoje melhores condições de trabalho. Segundo ele, é necessário investir em um serviço de inteligência capaz de apurar denúncias de ameaças e prevenir casos como o assassinato dos três fiscais em Unaí (MG) há seis meses. "Também é preciso melhorar as diárias. Os fiscais estavam hospedados em uma pensão de terceira classe, onde os assassinos também se hospedaram", reclamou Tahan. "Os assassinatos em Unaí mostram que é preciso levar mais a sério as ameaças denunciadas pelos fiscais."
A falta de investimentos na fiscalização das irregularidades no setor trabalhista também incomoda o sub-procurador geral do Ministério Público do Trabalho, Luis Camargo. Segundo ele, os recursos não são suficientes para a compra de equipamentos e pagamentos de diárias. "Quando procuramos o Congresso ou o Executivo nem sempre encontramos uma sensibilidade no sentido de permitir que o MP tenha um orçamento no nível de suas obrigações e necessidades", reclama Camargo. "Nosso trabalho é muito amplo. Vai do combate ao trabalho infantil à investigação de fraudes. Em alguns momentos, tenho dificuldade, por exemplo, de mandar um auditor ao Pará para investigar uma denúncia."