Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro interino da Educação, Fernando Haddad, disse hoje que o governo cumpriu o compromisso de apresentar o projeto de lei que pretende implantar o Plano de Carreira dos servidores técnicos-administrativos das universidades e escolas federais. "Apresentamos um plano que condiz com a capacidade do governo e que dignifica o trabalhador", afirmou ele. Cerca de 150 mil servidores estão em greve há um mês.
Na parte da manhã, os servidores técnicos também estiveram reunidos com integrantes do Ministério do Planejamento e da Educação para mais uma rodada de negociações. Os representantes da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) não aceitaram a proposta de reajuste do índice que aumentará os salários na mudança de cargos. O governo propôs um aumento de 3,37% e um piso salarial de R$ 701,00. Já a categoria quer índice de 5% e um piso equivalente a R$ 780,00.
Segundo Haddad, o reajuste seria realizado progressivamente, com a previsão de gastos na ordem de R$ 700 milhões neste ano, R$ 380 milhões em 2005 (R$ 150 com a reestruturação da carreira e R$ 230 com a incorporação das gratificações) e outros R$ 300 milhões até o final de 2006. "Se ficar tudo acertado essa semana, o aumento já poderá constar na folha de pagamentos de agosto", informou.