Projeto LBA amplia infra-estrutura de centros de pesquisa

28/07/2004 - 20h10

Brasília, 28/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os benefícios proporcionados pela realização de um projeto científico de grande escala como o LBA na Amazônia, vão mais além da formação de recursos humanos, conforme registraram os coordenadores da conferência científica do projeto, que se realiza até amanhã em Brasília.

O Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia - LBA, segundo Flávio Luizão, coordenador-regional do LBA e responsável pelo projeto no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi e membro do Comitê Científico Internacional do LBA, proporcionou também a ampliação da infra-estrutura de alguns centros de pesquisa.

Um exemplo é a Floresta Nacional do Tapajós (Flona), unidade de conservação administrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Antes, com infra-estrutura precária, a Flona conta hoje com sede nova, alojamento para pesquisadores e visitantes, laboratórios. Além disso, o sistema viário foi todo reformado. Três das torres de medida do LBA, que captam dados sobre os fluxos de carbono, vapor d’água e energia, foram montadas na Flona.

Em Santarém, o campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) ganhou um centro para os estudantes do LBA, com laboratórios e computadores que também podem ser usados por outros alunos. A Embrapa Amazônia Oriental, que fica em Belém (PA), e o Inpa têm novos laboratórios temáticos em solos e plantas. A cidade de Ji-Paraná (RO) terá em breve um laboratório temático de águas. Ali, um equipamento sofisticado, o analisador de íons, mede com precisão os componentes da água e detecta pequenas mudanças de qualidade.

Com exceção do Amapá, todos os outros estados da região amazônica têm escritórios regionais do projeto. "Esses sítios têm veículos do LBA e toda uma rede de apoio logístico", citou Luizão. Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e membro do Comitê Científico Internacional do LBA, registrou ainda o papel de consolidador da cooperação nacional e internacional do LBA.
"Nossos institutos na Amazônia subsistiram até hoje porque sempre houve muita troca, muita cooperação com instituições estrangeiras", disse.

O projeto tem a participação de 63 instituições brasileiras não sediadas na Amazônia, 39 da região e 143 européias e norte-americanas.