Rio, 28/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O crescimento de 13% nas vendas internas de aço, que totalizaram 8,6 milhões de toneladas, explica a retração de 11,8% das exportações siderúrgicas brasileiras, registrada no primeiro semestre deste ano, da ordem de 6,2 milhões de toneladas.
O presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), José Armando de Figueiredo Campos, explicou hoje que o ajuste nas exportações está sendo feito de forma planejada e decorre de dois fatores. O primeiro é o mercado internacional, aquecido pelas demandas da China, e o segundo está ligado ao começo do processo de aquecimento no mercado doméstico.
Como é interesse da siderurgia ter um mercado local forte, as empresas estão remanejando parte da produção que seria destinada ao exterior para abastecer a demanda interna, declarou Figueiredo Campos. Embora as vendas externas tenham sido inferiores aos 7,02 milhões de toneladas registrados no semestre anterior, o faturamento resultante das exportações aumentou 8,9%, passando de US$ 2,1 milhões para US$ 2,3 milhões. Também as importações caíram 3,6% em termos de tonelagem, crescendo 9,6% em valor, na comparação do primeiro semestre de 2004 com o segundo semestre de 2003.
A produção de aço bruto nos seis primeiros meses do ano somou 16,1 milhões de toneladas, mostrando elevação de 2,1% sobre o segundo semestre do ano passado.
Para o período julho/dezembro de 2004, a expectativa do IBS é de que os mercados internacional e doméstico se mantenham aquecidos, face à atual conjuntura econômica favorável, e também por força do aumento de encomendas. O mercado externo deve se manter com preços em patamar elevado e o mercado interno, tendendo à recuperação, que os empresários ainda não conseguem dizer, entretanto, se é sustentável.
As siderúrgicas mantiveram o programa de investimentos para expansão da capacidade produtiva para o período 2004/08 em U$7,4 bilhões. Os investimentos acrescentarão 10 milhões de toneladas/ano à atual produção de 34 milhões de toneladas anuais.