Continua o impasse, no Rio, sobre o pagamento das indenizações às vítimas do Palace II

28/07/2004 - 10h29

Rio, 28/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Dois oficiais de Justiça, policiais militares e o advogado das vítimas do Edifício Palace II, Nélio Andrade, permanecem na Agência Central do Banco do Brasil, no bairro do Andaraí, para dar cumprimento à determinação da Justiça estadual que obriga o estabelecimento a liberar o dinheiro para o pagamento de indenizações de 10 vítimas do acidente. Eles aguardam a chegada do tesoureiro responsável pela liberação do dinheiro.

Na agência, localizada no interior do Fórum do Rio de Janeiro, o ambiente é de tensão - moradores do Palace II e os funcionários do Banco do Brasil, que estão local há 24 horas, tiveram uma discussão tentando resolver o impasse.

Toda a confusão em torno do pagamento das indenizações se deve à determinação da presidente em exercício do Tribunal Regional Federal, desembargadora Vera Lima, para que o Banco do Brasil não libere o pagamento e que o dinheiro do leilão do hotel seja usado na quitação de dívidas de Sérgio Naya, proprietário do imóvel, com a União, conforme solicitação da Procuradoria da Fazenda Nacional.

O edifício Palace II, na Barra da Tijuca, desabou em 1998, causando a morte de 8 pessoas. O prédio foi construído pela Cersan, de propriedade do ex-deputado Sérgio Naya. Para o pagamento das vítimas, a Justiça determinou o leilão do Hotel Saint Paul, em Brasília, pertencente a Naya.