Meio Ambiente participa de consulta pública sobre a BR 163

27/07/2004 - 14h02

Brasília, 27/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - "Uma estrada no meio da mata pode destruir culturas, inúmeras espécies, a beleza e a grandeza de ser da maior floresta tropical do mundo. Mas pode também construir novas relações, paradigmas, novas formas de fazer uma ponte entre o desenvolvimento e a preservação, entre a tradição e a modernidade", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a Consulta Pública que colhe propostas para elaboração e implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável para a área de influência da rodovia.
da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém.

Marina Silva ressaltou a importância da "escuta pública". Ela advertiu porém que por ser uma ação pioneira, tem as suas dificuldades. "Eu sei das dificuldades das primeiras consultas públicas. Não temos medo do confronto, do bom confronto. Se não confrontarmos, não chegamos ao acerto e é em nome do acerto que achamos relevante a contribuição da sociedade", disse a ministra.

A ministra informou que o Incra implantou sete bases para fazer o ordenamento territorial da região. E que estão sendo estruturadas mais 19 bases para a fiscalização e monitoramento de atividades consideradas ilícitas, principalmente a grilagem e o uso criminoso de terras públicas.

"Além disso, criamos uma força-tarefa dentro do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para a implementação das Unidades de Conservação que estão sendo criadas ao longo da BR-163", disse a ministra.

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, explicou que o asfaltamento da rodovia será financiado com recursos da iniciativa privada, mediante a concessão de exploração de pedágio. "Isto será sob condições. Uma delas é não cobrar de carros de passeio, apenas de veículos de carga", disse.